“Amanhã
fico triste... Amanhã!
Hoje
não... Hoje fico alegre!
E
todos os dias, por mais que sejam amargos, eu digo:
Amanhã
eu fico triste, hoje não...”
(Trecho
de um texto encontrado na parede de um dos dormitórios de crianças no campo
nazista de extermínio de Auschwits)
É assim que muitas
crianças e familiares tem tentando lutar contra o câncer todos os dias. Uma
doença cruel que aflige muitas famílias da nossa sociedade. Famílias estas que
tentam de todas as formas lutar, e resistir contra a imposição do câncer. No
entanto, diante da luta tão intensa quanto esta não é muito difícil perder a fé
e as esperanças, consequências de um sentimento de solidão.
Hoje,
Com base em referências dos registros de base populacional, são estimados mais
de 9000 casos novos de câncer infanto-juvenil, no Brasil, por ano. Assim como
em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a segunda causa de
mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para
todas as regiões. Como a primeira causa são aquelas relacionadas aos acidentes
e à violência, pode-se dizer que o câncer é a primeira causa de mortes por
doença, após 1 ano de idade, até o final da adolescência.
Câncer
infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a
proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer
local do organismo. Os mais frequentes na infância são as leucemias (glóbulos
brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso
periférico, freqüentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor
renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das
células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas
(tumores de partes moles).
Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as
células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do
adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer
de mama, câncer de pulmão). Doenças malignas da infância, por serem
predominantemente de natureza embrionária, são constituídas de células
indiferenciadas, o que determina, em geral, uma melhor resposta aos métodos
terapêuticos atuais.
No
adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente
aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão.
Muitos pacientes ainda são encaminhados ao centro de tratamento com doenças em
estágio avançado, o que se deve a vários fatores: desinformação dos pais, medo
do diagnóstico de câncer (podendo levar à negação dos sintomas), desinformação
dos médicos.
•
Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se
torna suscetível a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir
dores ósseas.
• No retinoblastoma, um sinal importante de manifestação é o chamado
"reflexo do olho do gato", que é o embranquecimento da pupila quando
exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia ou estrabismo.
Geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade. Hoje a pesquisa desse
reflexo poderá ser feita desde a fase de recém-nascido.
• Algumas vezes, os pais notam um aumento do volume ou uma massa no abdomen,
podendo tratar-se nesse caso, também, de um tumor de Wilms ou neuroblastoma.
• Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, podendo ser
visíveis ou não e causar dor nos membros, sintoma, por exemplo, freqüente no
osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.
• Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dor de cabeça, vômitos,
alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.
É
importante que os pais estejam alertas para o fato de que a criança não inventa
sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra
para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses
sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância. Mas isto não deve ser
motivo para que a visita ao médico seja descartada.
O
tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto, em que há necessidade da
participação de um laboratório confiável e do estudo de imagens. Pela sua
complexidade, o tratamento deve ser efetuado em centro especializado, e compreende
três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo
aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de
acordo com a extensão da doença. O trabalho coordenado de vários especialistas
também é fator determinante para o êxito do tratamento (oncologistas pediatras,
cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas), assim como
o de outros membros da equipe médica (enfermeiros, assistentes sociais,
psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos).
Tão
importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos
sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber
atenção integral, inseridos no seu contexto familiar. A cura não deve se basear
somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de
vida do paciente. Neste sentido, não deve faltar ao paciente e à sua família,
desde o início do tratamento, o suporte psicossocial necessário, o que envolve
o comprometimento de uma equipe multiprofissional e a relação com diferentes
setores da sociedade, envolvidos no apoio às famílias e à saúde de crianças e
jovens.
O progresso no
desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas últimas
quatro décadas. Estima-se que em torno de 70% das crianças acometidas de câncer
podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros
especializados. A maioria dessas crianças terá boa qualidade de vida após o
tratamento adequado.
"Porque crianças não podem enfrentar o câncer sozinhas"
(fonte: Ministério
da Saúde)
E a Igreja tem papel
fundamental nisso, ela não é e nem pode ser vista apenas como uma instituição
religiosa, e sim uma instituição social, que deve se preocupar com a sociedade
na qual está inserida, não somente com oração, mas com ação, atitude.
O objetivo dessas
matérias é mostrar que existe uma realidade cruel vivida por milhares de
pessoas todos os dias que precisam de apoio sentimental, financeiro, espiritual
entre outros. E que, a Igreja por ser a instituição que liga o mundo espiritual
ao físico, muitas vezes está acomodada, adormecida, e apática diante destas
situações.
É preciso despertar.
Deus está nos chamando para um tempo de Resgate, é que corações fervem para
atender a expectativa de Deus, de levar consolo, conforto e a Sua Palavra, a
quem precisa, não apenas com o objetivo de encher os templos, mas trazer a
Palavra de Deus até mesmo àqueles que não poderão está no culto de domingo, por
não poderem se locomover. Afinal, não é este o objetivo da igreja? Ir, ao invés
de, ficar esperando?
quanto a você, que
está enfrentando uma situação como esta. Multiplique sua fé, pois você é um
exemplo para muitas de força, e esperança. Enquanto houver guerra, haverá
guerreiros, e enquanto houver guerreiros haverá esperança em vencer. Fique com
Deus.
Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. 2 Coríntios 4:8-9
Por Felipe F. Santos